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Entrevista: A nova paixão de Alcione

Alcione - Foto: Fábio Vizzoni / Discoteca MPB
Foto: Fábio Vizzoni

Depois de voltar às paradas de sucesso com três grandes discos – ‘Ao vivo’ volumes 1 e 2 e ‘Faz uma loucura por mim’ – A grande diva do samba está com novo álbum na praça. Alcione, nossa eterna marrom, está com a corda toda em ‘Uma nova paixão, seu novo CD, lançado pela Indie Records.
Percorrendo todo o país mostrando seu novo espetáculo, Alcione carinhosamente concedeu um tempo em sua agenda e falou conosco, nesta entrevista realizada por e-mail.

Seu novo CD passeia pelo distinto universo de vários compositores, jovens e consagrados, e entre sambas e canções românticas. A faixa-título, ‘Uma nova paixão’, é de Gustavo Lins e Umberto Tavares. Mas há também Paulo César Pinheiro, Rosa Passos, José Augusto, Aldir Blanc, Nei Lopes e a regravação de ‘Sentimental demais’, sucesso na voz de Altemar Dutra, entre outras. Como se deu a reunião deste luxuoso elenco?
Porque o Brasil é isso tem o luxo de ter esses e mais, muito mais com talento para a poesia.

O disco traz uma homenagem a Jamelão, composta por Serginho Meriti, Gilson Bernini e Rody do Jacarezinho, chamada ‘Pedra 90’. Na sua vida, qual a importância do eterno intérprete da Estação Primeira?
A voz em 1º lugar é tudo, a personalidade, a fidelidade às cores verde e rosa e a emoção que este homem tem quando canta.

Qual a emoção em participar, ao lado de Maria Bethânia, Ana Carolina e Dona Ivone Lara, do Projeto Loucos por Música, show com renda destinada à Casa das Palmeiras, realizado no Canecão, no último dia 30 de agosto?
Foi demais, eu sou uma pessoa de sorte, por ter grandes e talentosas amigas e ainda podermos cantar juntas por esta causa e casa.

Seus discos estão sempre entre os mais pirateados. Como você vê essa ameaça à indústria fonográfica, aliada a facilidade na troca de arquivos via Internet. Você acredita que o fim do formato CD está próximo?
Isso me preocupa muito e me lembra uma frase que Tom Jobim me disse quando foi enredo da Mangueira: “Não está na moda ser honesto”. A situação é grave, ou seja, “a chapa está quente”.

Sua carreira ganhou novo fôlego ao ingressar na Indie Records, uma gravadora genuinamente brasileira. Como você vê o trabalho desta casa?
Com muito orgulho, por esses profissionais que dizem ser possível trabalhar com disco no Brasil, com muito amor e profissionalismo.

‘Uma nova paixão’, assim como seu álbum anterior (‘Faz uma loucura por mim’), também irá virar DVD ao vivo?
Com certeza: me aguarde.

‘Obrigada’, de Chico Roque e Sérgio Caetano, é um agradecimento a todos aqueles que participaram direta ou indiretamente de sua carreira. Existe alguém que você gostaria de homenagear, diretamente, em verso e prosa?
Jair Rodrigues, que me trouxe para o disco, Augusto Cesar Vannucci e Flavio Cavalcanti.

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