
Qualquer pessoa é capaz de gostar de dezenas, centenas de músicas. Mas, entre todas elas, existem aquelas que são especiais, que tocam o coração e a alma, nos fazem lembrar de momentos felizes, pessoas que passaram por nossas vidas e tantos outras boas recordações. Ou, simplesmente, marcaram uma época.
Enfim, são as nossas preferidas, que nunca saem das nossas paradas de sucesso, da nossa playlist.
Para inaugurar este novo espaço aqui no site, convidamos a talentosíssima Cynara Faria, uma das vozes do grupo Quarteto em Cy desde a década de 1960. Cantora e instrumentista de mão cheia, Cynara escolheu dez canções que fazem parte de sua história de vida, seja como artista, seja como ouvinte.
Com vocês, “As dez mais de…” Cynara Faria:
‘Horas’, de Dorival Caymmi
“Uma canção diferente das composições do Caymmi e que me levam para um momento bonito da carreira do Quarteto em Cy, quando Oscar Castro Neves era nosso arranjador e diretor musical. Linda música”.
”João Ninguém’, de Noel Rosa
“Esta música foi-nos dada (a mim e a Cybele) pelo Chico Buarque, na época em que fizemos o nosso primeiro LP, em 1967, e o Chico nos ajudou a armar o repertório do disco. Ele escreveu a contracapa.”
‘Sabiá’, de Tom Jobim e Chico Buarque
“O motivo é óbvio. Ganhamos o Festival Internacional da Canção em 1968 e também ganhamos uma das maiores vaias da história. Mas valeu. A Sabiá faz parte da minha vida.”
‘Doce Veneno’, de Valzinho
“Este choro foi me dado pelo Paulinho da Viola, em 1969, quando gravei meu LP solo e fiz um show com o Paulinho no Teatro Casa Grande, dirigidos por Sidney Miller. Lindo choro que gravei no meu LP solo”.
‘Fogo Sobre Terra, de Toquinho e Vinicius
“Gravamos com o MPB-4, e é uma música que me lembra a nossa fase de trabalho com os dois queridos compositores. Passamos os anos de 1974 e 75 fazendo shows pelo Brasil com Toquinho e Vinicius, e era uma fase em que ouvia muito esta música”.
‘Bachiana Nº. 4’, de Villa-Lobos
“Qualquer música do Villa é maravilhosa e esta me lembra uma fase de grandes acontecimentos na minha vida e no País. Era o ano de 1968. ”
‘Estrada Branca’, de Tom e Vinicius
“Cantei muito esta modinha em shows e especialmente adoro a gravação da Elizeth Cardoso no LP Canção do amor demais, de 1958″.
‘Oriente’, de Gilberto Gil
“Adoro a nossa gravação para esta música, do LP Cobra de vidro, com o MPB-4. Para mim é a gravação definitiva, arranjo maravilhoso de Luis Claudio Ramos”.
‘Para ver as meninas’, de Paulinho da Viola
“Sem comentários. Música e letra lindíssimas. Não sei explicar o porquê de amar uma música. É um sentimento incondicional”.
‘O Circo Místico’, de Edu Lobo e Chico Buarque
“Tudo do Edu e tudo do Chico é do que mais gosto em termos de música. Chico é imbatível e Edu como parceiro é perfeito. Esta música faz parte da trilha do “O Grande Circo Místico”, e é uma trilha que me inspira os melhores sentimentos”.
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